quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ARTE NO BRASIL COLONIAL

Após a chegada de Cabral, Portugal tomou posse do território e transformou o Brasil em sua colônia. Primeiramente, foram construídas as feitorias, que eram construções muito simples com cerca de pau-a-pique ao redor porque os portugueses temiam ser atacados pelo índios. Preocupado com que outros povos ocupassem terras brasileiras, o rei de Portugal enviou, em 1530, uma expedição comandada por Martim Afonso de Sousa para dar início à colonização. Martim Afonso fundou a vila de são Vicente (1532) e instalou o primeiro engenho de açúcar, iniciando-se o plantio de cana-de-açúcar, que se tornaria a principal fonte de riqueza produzida no Brasil.
Após a divisão em capitanias hereditárias, houve grande necessidade de construir moradias para os colonizadores que aqui chegaram e engenhos para a fabricação de açúcar.

ARQUITETURA

A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy=gente e upad=lugar). Com o tempo os tejupares melhoram e passam os colonizadores a construir casas de taipa.
Com essa evolução começam a aparecer as capelas, os centros das vilas, dirigidas por missionários jesuítas. Nas capelas há crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e a de algum santo, trazidos de Portugal.
A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco Dias, que trabalhou em Portugal com o arquiteto italiano Filipe Terzi, projetista da igreja de São Roque de Lisboa.

Esquema de arquitetura primitiva:

Dois eram os modelos de arquitetura primitiva. A igreja de Jesus de Roma (autor: Vignola) e a igreja de São Roque de Lisboa, ambas de padres jesuítas.
Floreciam as igrejas em todos sos lugares onde chegavam os colonizadores, especialmente no litoral.
Os principais arquitetos do período colonial foram: Francisco Dias, Francisco Frias de Mesquita, Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim.
A liberdade de estilo dada ao arquiteto modifica o esquema simples, mas talvez pela falta de tempo ou por deficiência técnica não se deu um acabamento mais aprimorado.

Algumas das principais construções de taipas:

Muralha ao redor de Salvador, construída por Tomé de Sousa; Igreja Matriz de Cananéia; Vila inteira de São Vicente, destruída por um maremoto e reconstruída entre 1542 e 1545; Engenhos de cana-de-açúcar; e Casa da Companhia de Jesus, que deu origem à cidade de São Paulo.

TAIPA

Construção feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com barro. Para que o barro tivesse maior consistência a melhor resistência à chuva, ele era misturado com sangue de boi e óleo de peixe.

Elas podem ser feitas com técnicas diferentes:

A taipa de pilão, de origem árabe, consiste em comprimir a terra em formas de madeira, formando um caixão, onde o material a ser socado ia disposto em camadas de 15 cm aproximadamente. Essas camadas reduziam-se a metade após o piloamento. Quando a terra pilada atingia mais ou menos 2/3 da altura do taipal, eram nela introduzidas transversalmente, pequenos paus roliços envolvidos em folhas, geralmente de bananeiras, produzindo orifícios cilíndricos denominados cabodás que permitiam o ancoramento do taipal em nova posição. Essa técnica é usada para formar as paredes externas e nas internas estruturais, sobrecarregadas com pavimento superior ou com madeiramento do telhado.
A taipa de mão ou pau-a-pique que caracterizam-se por uma trama de paus verticais e horizontais, eqüidistantes, e alternadamente dispostos. Essa trama era fixada verticalmente na estrutura do edifício e tinha seus vãos preenchidos com barro, atirado por duas pessoas simultaneamente uma de cada lado. A taipa de mão geralmente é utilizada nas paredes internas da construção.

ESCULTURA

Os jesuítas ensinaram aos índios e negros o alfabeto, a religião e a trabalhar o barro, a madeira e a pedra.
O índio é muito hábil na imitação, mas, também muito primário e rústico na execução. O negro adapta-se mais facilmente e é exuberante no desenho, na arte, no talhe e nas lavras.
Sob direção dos religiosos e de mestres, vindos além-mar, o índio e o negro esculpiram muitos trabalhos, que são a base ao enxerto da arte Barroca, em auge na Europa.

FORTE SÃO JOÃO

No ano de 1531, após viagem através do Atlântico Sul, as naus de Martim Afonso de Souza avistaram terras tupi-guaranis.O lugar, chamado"Buriquioca"(morada dos macacos) pelos nativos, encantou os portugueses por suas belezas naturais e exóticas.
Apesar da bela paisagem, por motivo de segurança seguiram viagem, indo aportar em São Vicente, no dia 22 de janeiro de 1532.
Neste mesmo ano, Martim Afonso enviou João Ramalho à Bertioga afim de verificar a possibilidade de construir uma fortificação para proteger a nova vila dos ataques Tamoios.
Em 1540, Hans Staden, famoso artilheiro alemão, naufragou na costa brasileira e foi levado à São Vicente.Lá, foi nomeado para comandar a fortificação em Bertioga.
Em 1547, a primitiva paliçada de madeira foi substituída por alvenaria de pedra e cal e óleo de baleia, o que originou o verdadeiro Forte.Primeiramente foi chamado Forte Sant'Iago (ou São Tiago), recebeu a denominação de Forte São João em 1765, devido à restauração de sua capela, erguida em louvor a São João Batista.
Em 1940, a fortaleza, considerada a mais antiga do Brasil, foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) . Aproveitando a comemoração dos 500 anos do Brasil, a Prefeitura de Bertioga e o Iphan entregam para visitação o forte totalmente restaurado.
Fonte: www.historiadaarte.com.br
ARTE NO BRASIL COLONIAL
No Brasil colonial a arte em geral girava em torno da Igreja Católica e dos cultos religiosos.
É bem conhecida a presença, no Brasil, de religiosos europeus, como os jesuítas, franciscanos e beneditinos, os quais vieram ao país para catequizar seus habitantes.
Alguns deles tinham experiência em pintura, escultura e arquitetura, adquirida no velho continente. Foram eles os primeiros a realizar obras artísticas no país e a recrutar artesãos e artífices para a decoração de suas construções.
Os artistas do período costumavam ser auto-didatas ou então eram orientados por esses religiosos, nos moldes da tradição ibérica.
Com esse esforço, a pintura começa a aparecer nas construções nordestinas, principalmente em Salvador, cidade que era na época a sede do Governo.

Separando a arte da religião

Já no Século 17, surgem os primeiros sinais de desvinculação da arte à religião.
Assim, por exemplo, o teto da Igreja de Santa Casa da Misericórdia, ainda em Salvador, que apresenta figuras como santos e anjos com roupas como se usavam na época que o artista fez a obra.
Também os rostos são pintados com mais liberdade, lembrando o biotipo dos habitantes daquela cidade baiana.
Destaca-se ainda como pintor religioso do século XVII o Frei Ricardo do Pilar, que pintou o mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro e obras como "O Senhor Crucificado", de 1688 ou "O Senhor dos Martírios", de 1690.

Os pintores do príncipe

A ocupação holandesa em Pernambuco, no século XVII traz artistas como pintores e naturalistas ao país que iriam, pela primeira vez, registrar a natureza brasileira.
O conde de Nassau, que aqui permaneceu entre 1637 e 1644 foi o responsável por grandes projetos de urbanização na cidade de Recife e trouxe com ele artistas holandeses como Franz Post e Eckhout.
Entretanto, apesar de a ocupação holandesa e da estada desses pintores no Brasil ser considerada como de grande importância no Século 17, seu papel foi apenas de registro de paisagens e costumes.
Com efeito, tratou-se de um acontecimento isolado e os pintores que por aqui passaram não deixaram aprendizes ou começaram alguma tradição que pudesse dar continuidade aos seus trabalhos.
Em resumo, não moveram uma palha em favor da arte local e sequer podem ser considerados como pintores do Brasil, pois sua passagem por aqui deu-se tão somente como agentes de um país invasor, e retornando à sua terra antes mesmo que cessasse tal invasão.
Não se pode deixar de destacar, contudo, que foram possivelmente as primeiras manifestações de pintura efetivamente fora do domínio religioso.

A arte regionalizada

No Século 18, a pintura tem maior desenvolvimento, principalmente devido à concentração de artistas em centros que então se desenvolviam, como Rio de Janeiro, Salvador e Vila Rica (atual Ouro Preto).
A partir de então pode-se falar em escolas distintas no país, como a fluminense, com pintores como José de Oliveira Rosa, Leandro Joaquim, com seus retratos e representações da cidade do Rio de Janeiro e Manuel da Cunha, com suas pinturas religiosas e retratos.
Ainda no Rio de Janeiro, em 1732, Caetano da Costa Coelho começa a realizar na Capela-Mor da Igreja da Ordem 3ª de São Francisco da Penitência aquela que seria a primeira pintura perspectivista do Brasil.
Em Salvador, na então escola baiana do Século 18, vivia-se a transição do barroco ao rococó e nela eram típicas principalmente pinturas de perspectiva ilusionista.
Destacam-se nesse período, José Joaquim da Rocha, como teto da Igreja de N. Senhora da Conceição da Praia, considerada uma das obras-primas da pintura barroca brasileira (1773).

As artes nas Minas Gerais

A mais famosa dessas "escolas", entretanto, é a escola mineira, extremamente valorizada pela sua originalidade.
O ciclo da mineração possibilitou a concentração de riquezas em Minas Gerais e a transformação de algumas cidades mineiras em verdadeiros centros urbanos da colônia.
A primeira pintura de teto em Minas Gerais é realizada por Antônio Rodrigues Belo, em 1755, na capela-mor da matriz de Nossa Senhora de Nazaré, em Cachoeira do Campo. A partir de então Minas avança como ativo centro artístico nacional.
O estilo dos artistas mineiros de então era o barroco com forte presença do rococó, sem contudo deixar de lado as formas brasileira.
O escultor Aleijadinho, um dos principais nomes de nossa arte, talvez seja o nome mais conhecido dessa escola.
Na pintura destaca-se principalmente Manuel da Costa Ataíde. Outros pintores mineiros do período foram Manuel Rebelo e Souza e Bernardo Pires, João Nepomuceno Correia e Castro, entre outros.
Ainda no século XVIII, fora desses centros, destaca-se João de Deus Sepúlveda com sua pintura "São Pedro Abençoando o Mundo Católico", em Recife, na Igreja de São Pedro dos Clérigos.
Em 1800 há a primeira iniciativa de ensino de arte no país com a Aula Pública de Desenho e Figura, no Rio de Janeiro e seu regente, Manuel de Oliveira.

O Neo-clacissismo no Brasil

Em 1808, a Família Real e a Corte Portuguesa transferiam-se para o Brasil e a partir daí teríamos uma enorme mudança nos rumos que a arte brasileira seguia até então.
Enfrentando problemas políticos após a queda de Napoleão, um grupo de artistas franceses freta um navio e se dirige ao Brasil.
Em 1816 chega a então denominada Missão Artística Francesa, um grupo de artistas e artífices franceses de formação neoclássica que iriam exercer uma profunda influência na pintura brasileira da metade do Século 19, até praticamente a Semana da Arte Moderna de 1922.
Na Missão Artística Francesa encontravam-se artistas como Nicolas-Antoine Taunay e Jean Baptiste Debret. Este último, em 1826, instalava a Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro e três anos depois eram abertas as primeiras exposições oficiais de arte brasileira.
Pela primeira vez, chegava ao país um estilo artístico sem defasagem com o que estava acontecendo na Europa: o neoclassicismo. Seu prestígio, tanto pela "modernidade" quanto por ter caráter de arte oficial foi enorme.

Na falta de parâmetros, nossa arte perdeu a identidade

Em poucos anos ocorreu uma brusca ruptura, embora dirigida, com o barroco-rococó, que era comum nas nossas pinturas para um estilo mais frio, racional e acadêmico, sem muitas afinidades com a cultura brasileira de então. Nossa pintura ganhava na técnica, mas perdia em espontaneidade.
A falta de raízes pode ser aquilatada pelo fato de um pintor da época haver sugerido a importação de modelos europeus para garantir a pose em padrões estéticos acadêmicos.
Os rígidos padrões adotados pela Escola Nacional de Belas-Artes foi, de fato, uma das principais razões por que o modernismo tardou tanto em entrar no Brasil, só logrando êxito após 1922.
Entretanto, apesar de distante do país, o estilo acadêmico passa a ser o dominante no Século 19.
Destacam-se, entre os artistas brasileiros do período,Vitor Meireles, Pedro Américo, Rodolfo Amoedo e Henrique Bernardelli, além do escultor Rodolfo Bernardelli, que foi o diretor da Escola por quinze anos.

Romantismo e realismo chegam tardiamente

Nas últimas décadas do século XIX, tendências realistas e românticas surgiam entre nossos artistas como uma das poucas manifestações de rebeldia ao estilo acadêmico.
Entretanto, essas tendências manifestavam-se efetivamente mais na escolha temática, como Moema, de Vitor Meirelles, do que na forma, que continuava acadêmica e presa ao Neoclassicismo.
A Belle Époque brasileira parece ter se estendido de 1889 a 1922. Nessa época, apesar da influência da academia ser ainda a principal, começam a ser notadas mais manifestações de estilos europeus: além do Romantismo e do Realismo, o Impressionismo, o Simbolismo e Art Nouveau, estilo decorativo, com uso de formas sinuosas e elementos vegetais.

Nacionalizando a pintura

Almeida Júnior parece ter sido um dos primeiros a libertar-se das influências acadêmicas, realizando quadros como tipos e cenas brasileiras, sem idealizações neoclássicas.
No começo do Século 20, Eliseu Visconti, com suas propostas Neo-Impressionistas adquiridas em estudos em Paris é um dos pioneiros na modernização da arte brasileira.
Entretanto, a primeira mostra de arte que romperia com o academicismo brasileiro foi feita por um estrangeiro, Lasar Segall em 1913.
Quatro anos mais tarde Anita Malfatti realizaria uma exposição que abalaria os padrões artísticos vigentes e reuniria jovens ansiosos por mudanças nas artes brasileiras e que acabariam por realizar a Semana de Arte Moderna, em 1922, na cidade de São Paulo.
Começava então o Modernismo brasileiro que procurava atualizar a arte brasileira e quebrar com o academicismo que a orientava, realizando trabalhos que nada devessem à arte européia de vanguarda, ao mesmo tempo que preservasse e valorizasse a cultura nacional.

Acompanhando as evoluções da arte mundial

Com o fim da II Guerra, os museus modernos são abertos e as Bienais facilitam a penetração da arte internacional no país.
Por volta de 1960, vemos as últimas manifestações que podem ser consideradas pertencentes ao Modernismo, com os abstracionistas e Neo-Concretos.
As décadas de 60 e 70 assistem a variadas tendências e estilos, em que podem ser destacadas a influência da pop art e uma grande busca de liberdade de expressão e experimentação.
A década de 80 assistiu um particular "boom" na pintura, principalmente em seus primeiros anos, com grande números de novos pintores e produções de caráter híbrido.
Fonte: www.pitoresco.com.br
ARTE NO BRASIL COLONIAL
Artesãos como o tirolês Johann Traer, influenciado pelo barroco europeu, fazem objetos e móveis sacros, em Belém (PA). A pintura jesuítica se inicia em 1587, com a chegada do frei Belchior Paulo, seguido depois por pintores jesuítas ou beneditinos encarregados de adornar as igrejas: Domingos da Conceição, Agostinho da Piedade e Agostinho de Jesus.
Holandeses - Com a invasão holandesa em 1637, chegam ao Recife pintores como Frans Post e Albert Eckhout, que influenciam artistas brasileiros como João dos Santos Simões. Com a intenção de documentar a fauna e a flora e as paisagens brasileiras, Eckhout e sobretudo Post realizam um trabalho de alta qualidade artística. Post, em suas paisagens, mostra senso de composição aprimorado ao captar a horizontalidade do relevo litorâneo brasileiro.
Frans Post (1612?-1680?), pintor holandês. Vem ao Brasil durante a dominação de Mauricio de Nassau, em Pernambuco. Permanece de 1637 a 1644, documentando paisagens e espécimes naturais do país. Esse período é a melhor fase de sua carreira. Influencia diversas gerações de paisagistas brasileiros.

Barroco

O barroco brasileiro se desenvolve principalmente em Minas Gerais, devido ao ciclo do ouro no século XVIII. O pintor Manuel da Costa Ataíde (A última ceia) e o escultor e arquiteto Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, são os principais nomes. Usando materiais tipicamente brasileiros (madeira, pedra-sabão), fundam uma arte nacional. No Rio de Janeiro destaca-se o pintor Caetano da Costa e o entalhador Mestre Valentim, que cria o conceito de planejamento paisagístico em locais como o Passeio Público; na Bahia, Joaquim José da Rocha e, em São Paulo, padre Jesuíno do Monte Carmelo são grandes artistas do período.
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814) nasce em Vila Rica (atual Ouro Preto), filho de um entalhador português e de uma escrava. Inicia seu trabalho como escultor e entalhador ainda criança, seguindo os passos do pai. Aos 40 anos, contrai uma doença que progressivamente lhe retira os movimentos das pernas e mãos. Entre 1796 e 1799 realiza o conjunto do santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo, com 66 imagens esculpidas em madeira e os 12 majestosos profetas em pedra-sabão.

Artes Plásticas no Brasil

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artesanato - cerâmica
cerâmica da ilha de Marajó
Artes Plásticas na Pré-História ( de 15.000 a 3.000 a.C.)

As pinturas rupestres (em paredes de cavernas) mais antigas do Brasil foram encontradas na Serra da Capivara, no estado do Piauí. Na época entre 5000 a.C e 1100, povos da Amazônia fabricaram objetos de enfeites e de cerâmica Destacam-se os vasos de cerâmica da ilha de Marajó e do rio Tapajós. A arte plumária (com penas de pássaros) feitas por índios e a pintura corporal, usando tintas derivadas da natureza, representam importantes exemplos da arte indígena.

Artes Plásticas no início da colonização (séculos XV e XVI )

Junto com os portugueses, chegam ao país influências artísticas renascentistas e do começo da fase barroca. Na época em que os holandeses invadiram o nordeste brasileiro e lá permaneceram (de1630 a 1654), muitos artistas retratam a paisagem, os índios, os animais, as flores e o cotidiano do Nordeste. Na época do governo de Mauricio de Nassau, chegam ao Brasil muitos pintores, entre eles o paisagista Frans Post. Este artista holandês usa técnicas de luz e cor típicas da pintura holandesa e retrata desta forma os cenários do nordeste do Brasil, no século XVII.

O Barroco e o Rococó (séculos XVI ao XIX)

Período que se destaca as esculturas e decoração de igrejas com características religiosas. Destacam-se neste período os seguintes artistas: frei Agostinho da Piedade, Agostinho de Jesus, Domingos da Conceição da Silva e frei Agostinho do Pilar.
No auge do século do ouro, as igrejas são decoradas para mostrar o poder da Igreja. A utilização de curvas e espirais prevalecem nas obras deste período. Os artistas utilizam muito matérias-primas típicas do Brasil, tais como: pedra-sabão e madeira. O artista que mais se destacou nesta época foi Aleijadinho.

O Neoclassicismo (século XIX)

D. João VI ao chegar ao Brasil em 1808 efetuou mudanças no cenário cultural da colônia. Em 1816, trouxe para o Brasil, pintores e escultores comprometidos com o ideal do neoclassicismo. Destacavam-se na Missão Artística Francesa: Nicolas-Antoine Taunay, Félix-Émile Taunay, Jean-Baptiste Debret, Auguste Taunay e Le Breton (chefe da missão). Estes artistas buscaram retratar o cotidiano da colônia de uma forma romântica, idealizando a figura do índio e ressaltando o nacionalismo e as paisagens naturais.

O Ecletismo nas artes plásticas (1870 a 1922)

Período marcado pesa fusão de estilos artísticos europeus como, por exemplo, o impressionismo, o simbolismo, o naturalismo e o romantismo. Fazem parte desta época: Eliseu Visconti, Almeida Júnior e Hélios Seelinger.

O expressionismo (início do século XX)

Dois artistas expressionistas se destacam neste período: Lasar Segall e Anita Malfatti.
O primeiro, ao realizar sua primeira exposição em São Paulo, mostra sua pintura cheia de cores tropicais e repleta de cenas da realidade do Brasil.
Anita Malfatti choca a sociedade tradicional com suas obras expressionistas como, por exemplo, O homem Amarelo e O Japonês.

Arte Moderna : modernismo na 1ª metade do século XX

O marco desta época foi a Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo, em fevereiro de 1922. Nesta semana, vários artistas comprometidos em mudar a cara da arte nacional se apresentaram e chocaram a sociedade. Quebraram com os padrões europeus e buscaram valorizar a identidade nacional e uma arte, cujo cenário de fundo, eram as paisagens brasileiras e o povo brasileiro. Inovaram e romperam com o tradicional. O modernismo preocupou-se muito a parte social do Brasil.
Destacam-se como artistas modernistas: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.
Para valorizar a arte modernista, embora reúnam obras de vários períodos, dois museus são criados nesta época: o MASP ( Museu de Arte Moderna de São Paulo), criado pelo empresário Assis Chateaubriand e o MAM-RJ ( Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro).

O Concretismo (décadas de 1950 e 1960)

Movimento de arte abstrata marcado pelo uso de figuras geométricas e pela elaboração baseada no raciocínio. Esse movimento artístico foi criado pelo grupo paulista Ruptura, formado pelos artistas Haroldo de Campos, Geraldo de Barros e Valdemar Cordeiro.
No Rio de Janeiro, surge o grupo Frente que contesta a arte concreta e inicia o neoconcretismo. Aproximando-se da pop art e da arte cinética, elaboram obras de arte valorizando a luz, o espaço e os símbolos. São deste período: Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica e Ivan Serpa.

O informalismo e a arte abstrata (1960 a 1970)

Nesta fase, a arte abstrata passa a ser marcada pelo informalismo lírico e gestual. Os meios de comunicação fornecem os temas para a produção de obras de arte politicamente engajadas.
Destacam-se os seguintes artistas: Tomie Ohtake, Manabu Mabe, Arcângelo Ianelli e Maria Bonomi.

Década de 1970: tecnologias e arte

Nesta época novos sistemas e meios são utilizados nas obras de arte. A instalação (utilização de tecnologia para promover uma interação entre obra e espectador), o grafite (pinturas em spray em locais públicos), a arte postal ( uso dos meios postais para criação de obras de arte) e a performance (uso de teatro ou dança em conjunto com as obras).
Destacam-se nesta época: Sirón Franco, Antonio Lizárraga, Luiz Paulo Baravelli, Cláudio Tozzi, Takashi Fukushima, Alex Vallauri, Regina Silveira, Evandro Jardim, Mira Schendel e José Roberto Aguilar.


Neo-Expressionismo (década de 1980)

Na década de oitenta a arte resgata os meios artísticos tradicionais, embora haja, ao mesmo tempo, o fortalecimento da arte conceitual e do abstracionismo. Meios tecnológicos interferem, tornando possível o surgimento da videoarte. Relações entre o espaço público e a obra de arte possibilitam uma intervenção urbana, dando origem à arte pública.
Importantes artistas neo-expressionistas: Guto Lacaz, Cildo Meireles, Tunga, Carmela Gross, Dudi Maia Rosa, Rafael França, Ivald Granato, Marcelo Nitsche, Mário Ramiro, Hudnilson Junior, Daniel Senise e Alex Flemming.

Pós-modernismo ( década de 1990 )

As discussões sobre a história da arte e os conceitos artísticos ganham importância e influenciam este período. Uso de tecnologias, desconstrução da arte, aproximações da arte e do mundo real, globalização da arte. Estes foram os caminhos da arte na década de 1990.
Artistas desta época : Leda Catunda, Sandra Kogut, Laurita Sales, Iran do Espírito Santo, Rosângela Rennó, Jac Leirner, Hélio Vinci, Aprígio, Ana Amália, Marcos Benjamin Coelho, Cláudio Mubarac, Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Luis Hermano e Alex Cerveny.

O desenho em perspectiva

O desenho em perspectiva é uma das técnicas básicas do desenho. Aprender a desenhar em perspectiva não é tão complicado como muitos dizem, e neste vídeo você tem várias dicas para deixar esta técnica mais fácil.

Como desenhar perspectiva:


Como fazer uma tirinha

Neste vídeo, como fazer uma tirinha com o ilustrador Ronaldo Barata, você acompanha todo o processo de produção de uma tira, deste a idéia até a finalização no photoshop. Lembre-se que a prática é fundamental para se aprender a desenhar, então, assim que terminar de assistir ao vídeo comece a desenhar. Aproveite o vídeo:


Caricatura

O vídeo abaixo mostra como desenhar caricatura em poucos segundos, para isso você deve dominar as técnicas básicas do desenho e principalmente a anamorfose. A anamorfose é o estudo da distorção das formas, e esta distorção é que vai guiar a estrutura da caricatura.

As técnicas básicas de desenho, apresentadas em um bom curso de desenho, são - Anatomia Humana, Anatomia Comparada, Anatomia Dinâmica, Anatomia Dinâmica em perspectiva, Anamorfose, Composição, Luz e sombra, Produção fotográfica, Retrato, Auto-retrato, Construção sólidos 3D, Natureza morta, Observação – Desenho Cego - Medição de Construção – Perspectiva, Nanquim, Composição e Cor, Teoria Cromática, Guache e Ecoline. Mas todas estas técnicas devem ser utilizadas em conjunto com a estrutura do desenho que falamos nas dicas de desenho.

Para aprender a desenhar melhor uma caricatura veja o vídeo abaixo e lei nossas dicas de desenho que estão nos links ao lado.


Desenho e Nanquim

Aula de desenho
Desenho a Nanquim é uma das técnicas mais imporantes da finalização de um desenho. Esta é uma aula de desenho com o professor Amilcar Pinna, nesta aula o professor trabalha a técnica de Nanquim Aguada. Aproveite as dicas deste professor da Quanta Academia de Artes!

Processo de criação de um desenhista e ilustrador

Neste vídeo você verá o processo de trabalho de um grande ilustrador. Do desenho à pintura digital, Weberson Santiago nos presenteia com sua arte. Observar os desenhistas e ilustradores mais experientes vai te ajudar a resolver pequenos problemas que pareciam enormes. Observe e pratique bastante para ser um desenhista ou ilustrador profissional.


Aula extra de desenho

Video aula com curso de desenho de retratos a grafite
Mais um ótimo vídeo que vai te ajudar a aprender a desenhar:
VIDEO AULA CURSO DESENHO DE RETRATOS A GRAFITE VIA INTERNET">VIDEO AULA CURSO DESENHO DE RETRATOS A GRAFITE


Como pintar rosas

Um dos melhores vídeos ensinando a pintar rosas. Com este vídeo você vai aprender como pintar rosas. Observe e pratique bastante, só assim será um desenhista profissional.


Como desenhar um rosto


O melhor vídeo que eu já vi ensinando a desenhar. Neste vídeo você vai aprender como desenhar um rosto perfeitamente. A prática vai resolver os grandes problemas que você vai encontrar quando estiver aprendendo a desenhar, então, nunca pare de desenhar.



Até a próxima dica .

Como desenhar robôs: desenho, cores, luz e sombra

Passo 01 - Desenho.
O tema da vez é "Robô". Comecei pensando numa cena para desenhar... Essa parte é muito pessoal porque cada um é livre pra escolher o foco que quer dar a respeito do tema. Eu ouvi um audiobook sobre arqueologia recentemente e fiquei influenciado pelas idéias de descobertas arqueológicas etc...
Desenhei as figuras direto no photoshop (com uma tablet wacon) com a idéia de obter a maior profundidade possível. Distribuí os personagens pela cena colocando um em primeiro plano e fui diminuindo até chegar nas silhuetas do fundo... Adicionei alguns personagens em volta da cabeça do robô para aumentar a sensação de que ele é gigante.

Passo 02 - Cor Base.
O desenho foi feito todo em um layer. Criei um novo layer e passei para o modo multiply. Apliquei uma base com a ferramenta gradiente do Photoshop com uma passagem do amarelo para o laranja. Muitos artistas preferem trabalhar com muitos layers abertos ao mesmo tempo. Geralmente eu opto por achatar as camadas, e trabalhar com no máximo dois layers. Ao longo do processo, em alguns momentos, eu crio diversos layers, mas assim que a etapa está concluída eu volto a achatá-los para deixar o arquivo mais leve e usar o brush sobrepondo as camadas. Trabalhei uma cor meio azulada no robô para criar um pouco mais de contraste com o laranja, afinal, o tema da composição é “robô” e ele merece algum destaque.

Passo 03 - Cores Primarias.
Marquei as primeiras áreas de luz e sombra e comecei a entonar a cena. Repare que no segundo passo as cores estão mais puras, e nesta etapa do processo existe uma subdivisão das cores, em vários tons de amarelo, laranja e um tom um pouco rosado no céu. Daqui para frente o foco vai ser compor o clima e a profundidade em função do contraste das cores: os amarelos e laranja em contraste com o azul do robô.
Separei o céu das montanhas e busquei dividir as cores para que tirar aquela fusão uniforme do gradiente do photoshop. Eu procuro trabalhar com o brush o máximo possível, evitando seleções e filtros.
Passo 04 - Luz e Sombra.
Nesta parte do processo decidi entonar as áreas de sombra para o violeta, criando assim um contraste com as áreas de luz que estão entonadas para o amarelo. Isso é o roxo da sombra tornou o amarelo da luz mais evidente.
O trabalho de refinamento das silhuetas dos personagens também é muito importante, e leva um tempo considerável, porque vou trabalhando as formas e os detalhes mais sutis ao longo de todo o processo.
Passo 05 - Profundidade.
Existe uma "regra" que nos ajuda na obtenção da profundidade na cena que consiste em tirar a saturação dos elementos que estão no fundo e saturar os elementos que se encontram em primeiro plano para criar uma sensação de profundidade mais consistente. Isso é, rebaixei (clareei) o céu e as montanhas e acinzentei um pouco o fundo... em seguida coloquei um pouco mais de vermelho e amarelo nos personagens da frente. Decidi colocar também mais um personagem na cena (canto superior direito) junto de uma pá, porque achei que daria mais equilíbrio com as silhuetas do canto oposto em termos de composição.
Passo 06 - Texturas.
Para finalizar, juntamente com os contrastes finais eu trabalhei algumas texturas (feitas no brush do photoshop, não importei nenhuma imagem). Trabalhei ferrugem na lataria do robô e alguns contrastes com branco na areia, na seqüência coloquei um pouco de preto no primeiro plano e nas áreas mais profundas de sombra e alguns novos elementos à cena. Mudei o personagem que está puxando uma corda na beira do penhasco (inclinei o corpo dele para trás para aumentar a sensação de que ele está se esforçando... Com o corpo inclinado para a frente isso não ficava tão nítido) e criei uma camada de montanhas para sobrepor as do fundo e dar mais profundidade à cena.

Desenhando Super Heróis: dica de desenho 6

Dica de desenho 6: Desenhando Super Heróis

Os super-heróis exigem outro tipo de dinâmica... Mais específica e totalmente ligada à mitologia do personagem com que você está trabalhando. Eles não são humanos... São materializações de um ideal, de um conceito, e é isso que torna o super-herói um exercício de desenho legal, além de ser muito interessante trabalhar com esse tipo de iconografia. Não veja isso como um exagero, mas como um método, algo gráfico, que expande, que tornam gráficos os conceitos destes personagens.Tente sempre criar essa dinâmica nas posturas destes personagens.

Observe esse pequeno estudo de progressão desta dinâmica.




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O personagem deixa de ser algo cotidiano e passa a ser icônico. Mitológico. Ele não corre... Ele CORRE!
Personagens femininos também trabalham este conceito...





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É claro que hoje em dia existe essa moda de tornar os super-heróis cada vez mais humanos... Mas, se você olhar para os quadrinhos, ainda se brinca bastante com a velha dinâmica de movimento exagerada, que é uma característica divertida do gênero.

Veja outros pequenos exemplos.





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Como desenhar: dica de desenho 5

Dica de desenho 5: como desenhar

Vamos continuar o assunto ESTRUTURA COM BLOCOS e iniciar DINÂMICA DE MOVIMENTO.

Vamos fazer um exercício, talvez ele o ajude a entender melhor o que tentamos dizer quando falamos em CONSTRUÇÃO POR BLOCOS no Drops anterior.

Item 1 - Imagine que a palma da mão (esqueça os dedos) de seu personagem é a parte do corpo que está mais próxima do leitor; ela estará em primeiro plano.

Item 2 - Agora imagine a próxima parte do corpo que está imediatamente encaixada na mão; o antebraço. O antebraço está atrás da mão, em perspectiva; ele está mais distante do leitor que a mão. Lembre-se de que existe um encaixe e um ponto de articulação da mão com o antebraço: o punho. Portanto, o antebraço deverá ser encaixado à mão de maneira coerente, obedecendo aos limites de movimento que este ponto de articulação tem... Como você pode saber qual é este limite? Observe sua própria mão. Movimente-a em diferentes direções. Tudo fica muito mais fácil.

Item 3 - Voltando ao desenho, continue subindo e imagine que o antebraço está encaixado no cotovelo, e que aqui existe outro ponto de articulação (não esqueça os limites desses movimentos).

Item 4 - Encaixado no cotovelo, atrás da mão, do antebraço e do cotovelo, está o braço, ligado ao ombro (com seus próprios pontos de articulação)...

Item 5 - ...E que, finalmente, está ligado ao tronco.

São encaixes, entende? Uma peça encaixa na outra... Esta lógica funciona para qualquer grupo de partes do corpo; pé e perna, perna e virilha, virilha e abdômen, abdômen e tronco, tronco e pescoço, pescoço e cabeça, etc.

Para que você possa fazer este exercício, aprenda a observar. A observação é mais uma importante ferramenta do desenhista. Sem a observação do mundo que nos cerca e, no caso do assunto que estamos abordando, da compreensão da mecânica do corpo humano, você jamais poderá criar poses interessantes e coerentes para seu super-herói.

O fato de termos trabalhado com primeiro plano (item 1), já sugere uma dinâmica maior no desenho; Ele está em perspectiva, e isso já nos leva um pouco adiante em nossas dicas sobre estrutura.

A postura é um elemento gráfico de linguagem importante para os super-heróis. Estas posturas são geralmente icônicas. Todos nos lembramos de posturas antológicas usadas pelo Superman quando voa, ou do Batman quando salta, do Homem-Aranha quando esta pulando, atirando sua teia... Quando o Hulk ou o Wolverine saltam e por aí vai. São posturas que ajudam a construir a mitologia do personagem.

Veja no exemplo acima, que a mesma postura pôde ser usada para dois momentos diferentes... Jogador de futebol e surfista.




Repare que nas ilustrações do personagem jogando bola e surfando, eu uso o recurso da transparência em vários momentos... Essa transparência permite que você entenda melhor as posturas, sabendo exatamente onde estão os encaixes de cada um dos blocos do personagem, o que deixa a postura mais. Este é um outro elemento de estruturação importante pra você!

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Dica de desenho 4: Aqui você faz um curso de desenho Online

Continuamos a falar sobre o uso de figuras geométricas simples na construção de figuras, como elementos de manutenção do controle das proporções.

No exemplo abaixo, usamos uma ampulheta como analogia gráfica à anatomia do tronco e cintura do corpo feminino. É comum desenhistas se inspirarem em formas existentes como base para a estruturação de uma figura humana. Em animações como Hércules, Mulan e Tarzan (Disney), artistas sempre usaram como base estas formas para entenderem melhor como a estrutura de cada personagem funciona. Podemos codificar graficamente o elemento ampulheta para dois triângulos e construir a anatomia sob estes elementos. Assim sempre que formos desenhar esta personagem, usaremos este código gráfico.



Você pode usar um trapézio invertido como base para a construção do tronco de um super-herói masculino, um quadrado como base para criar seu abdômen e, novamente, um trapézio para a virilha e quadril.




Não siga à risca a figura geométrica; se você prestar atenção ao desenho em que usamos os triângulos para construir o corpo feminino, verá que o triângulo está ultrapassando os limites do quadril.

A figura geométrica é usada apenas como base para se manterem as características físicas – muitas vezes exageradas – dos personagens, como no caso dos grotescos vistos na ultima dica de desenho. Você deve dosar a colocação das massas de maneira a obedecer às proporções. Com tempo e prática, você vai começar a sentir quando as proporções não são as adequadas para seu estilo, seja ele qual for.

Aos poucos você vai conseguir entender estas proporções e ficará mais à vontade para tentar posturas mais dinâmicas. Uma das maneiras de você manter estas proporções é também trabalhar com blocos. Mas isso em uma etapa posterior aos exercícios das figuras geométricas simples. E nunca esqueça o Jeremias... Ele sempre será uma ferramenta importantíssima no inicio da estruturação da figura.

Observe, nestes exemplos, uma das maneiras de estruturação através de blocos. Eles se parecem com esses modernos bonecos de ação, cheios de pontos de articulação. Vá construindo cada bloco, encaixando um no outro. Estes encaixes são importantes, principalmente em momentos em que partes do corpo estejam em perspectiva.





Veja como também usamos o recurso da transparência na construção dos personagens. Ela permite que o desenhista saiba exatamente onde estão os encaixe (ex; braço com tronco, braço com antebraço, mão com antebraço) e também manter as proporções de qualquer segmento do corpo que em algum momento do movimento esteja passando por trás de um outro segmento... Como o braço sobre o tronco, ou o tronco sobre o braço e uma perna que está atrás de outra.

Este tipo de exercício é muito importante principalmente quando se fala em DINÂMICA DE MOVIMENTO, quando os personagens estão em posturas de ação, etc. Mas este é um assunto para a próxima dica de desenho.

Aprendendo a desenhar : dica de desenho 3

Dica de desenho 3: aprendendo a desenhar

Depois que você entendeu a estrutura da figura clássica, idealizada, o próximo passo, é saber que existem diferentes tipos físicos. Gente de todas as idades, pessoas gordas, magras, altas, baixas, fracas e fortes; algumas têm mãos maiores, narizes maiores, caras arredondadas, rostos finos... Por isso, cada um deles guarda suas próprias regras de estruturação. Além disso, o bom desenhista precisar imprimir personalidade às figuras humanas sejam elas super-heróis, grotescos ou pessoas comuns. A estruturação é uma ferramenta muito preciosa que não deverá ser negligenciada.

No universo dos super-heróis também existem aqueles que chamamos de grotescos, cuja anatomia desvia-se do padrão de idealização (perfeição) dos super-heróis; o Coisa (do Quarteto Fantástico), o Hulk e o Fera (dos X-Men) são apenas alguns exemplos. Estas figuras são deformações da anatomia realista, mas mesmo elas obedecem às suas próprias leis dentro da estrutura de proporção. Vamos falar um pouco disso mais adiante.

As formas geométricas simples são ferramentas poderosas na fase básica da construção das figuras, principalmente para que você consiga manter as proporções características do personagem, auxiliando nos exageros e nas deformações das figuras. Costuma-se pensar que este recurso é usado apenas na estruturação das figuras consideradas estilizadas, mas não é verdade. Este recurso de estruturação é muito valioso seja qual for o estilo de desenho que você, como artista, deseja utilizar.

Em alguns casos, estas formas geométricas simples são colocadas sobre o Jeremias, depois que já foram definidas as posturas básicas e a dinâmica de movimento dos personagens, para que os movimentos permitidos pelas formas correspondam ao que se espera da figura humana. O primeiro passo é fazer um desenho bem solto, priorizando estes movimento, só depois coloca-se as formas geométricas, para que se mantenham as proporções específicas de cada personagem.


Acima o personagem Hulk em sua estrutura de formas geométricas – que ajuda a manter as proporções características mesmo sendo ele grotesco.


Aqui, o processo de criação da postura básica e da dinâmica de movimento do personagem. Em um primeiro momento vemos os processos em separado e depois a imagem de como o artista executa o trabalho.



Incluímos agora as formas geométricas, que vão assegurar as leis de proporção específicas do personagem em questão.




Finalmente a definição das formas mais detalhadas do personagem. E depois, a figura com formas um pouco mais detalhadas em separado (sem as formas de construção) para sua visão mais clara da forma final que o personagem terá.

Aqui, a finalização da figura.


Agora, só de brincadeira, nosso personagem com sua cor característica!

Todo este processo, embora você possa achar exagerado ou desnecessário, é importantíssimo para a manutenção das proporções de qualquer um de seus personagens, idealizados ou grotescos... tente fazer o exercício!